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Fintechs ganham preferência sobre grandes bancos em comunidades

A digitalização no acesso a serviços financeiros está aumentando entre os moradores de favelas, principalmente devido ao uso de bancos digitais. Esta afirmação é baseada em um estudo recente intitulado “Persona Favela – Bancarização”, realizado pela NÓS – Inteligência e Inovação Social.

O estudo, que entrevistou 800 pessoas que residem em comunidades de favela por meio de um aplicativo, revela que três das cinco instituições bancárias mais reconhecidas nessas áreas são digitais. O Nubank se destaca como a preferida entre os moradores. Ele ocupa a primeira posição em categorias como lembrança da marca, confiança e índices de lealdade do consumidor, especialmente entre mulheres. Na sequência, aparecem o PicPay e o Banco Inter.

Conforme os dados do estudo, 67% dos entrevistados mencionaram o Nubank como a marca mais lembrada, em comparação com 52% que citaram o PicPay e 43% o Banco Inter. Na categoria “banco preferido”, o Nubank recebeu 29% das menções, enquanto o PicPay e o Banco Inter tiveram 8% e 7%, respectivamente. Ao perguntar sobre quais bancos as pessoas pretendem usar nos próximos três meses, 39% optaram pelo Nubank, 17% pelo PicPay e 13% pelo Banco Inter.

Entre os bancos tradicionais, a Caixa Econômica Federal continua a ser a principal instituição financeira acessada pelos moradores de favelas. Sua posição é sustentada pela ampla presença física e pelos programas sociais que oferece. No levantamento, 56% dos entrevistados citaram a Caixa como uma instituição relevante, superando o Itaú (53%) e o Bradesco (52%). Em relação à intenção de uso nos próximos três meses, 22% mencionaram a Caixa, enquanto 16% citaram o Itaú e 14% o Bradesco. Quando questionados sobre o banco preferido, a Caixa obteve 10% das respostas, emparelhando-se com o Itaú, enquanto o Bradesco ficou com 8%. A CEO da NÓS, Emília Rabello, destacou que, embora a Caixa ainda seja a principal fonte de acesso ao dinheiro, a confiança nos bancos digitais está crescendo.

Outro fator que tem contribuído para essa digitalização financeira é o Pix, que está prestes a completar cinco anos. O sistema de pagamento instantâneo revolucionou as transações financeiras no Brasil e está relacionado ao aumento do uso de bancos digitais nas favelas. De acordo com dados anteriores da NÓS, 61% dos moradores de favelas já tinham conta em bancos digitais, um número que superou os 59% que possuíam conta corrente. Nesta nova edição do estudo, 60% dos participantes afirmaram usar o Pix diariamente, indicando uma forte adesão a essa forma de pagamento.

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