Tecnologia

Mulheres superam homens no uso do ChatGPT, aponta estudo abrangente

Um estudo inovador conduzido pelo National Bureau of Economic Research (NBER), em conjunto com a OpenAI, Harvard e Duke, revelou uma transformação significativa no perfil dos usuários do ChatGPT. Pela primeira vez desde o lançamento da ferramenta em 2022, as mulheres superaram os homens em número de usuários, representando 52% do total em julho de 2025. Este desenvolvimento reflete uma mudança notável no público da plataforma, que inicialmente era utilizado predominantemente por homens, que compunham cerca de 80% dos acessos nos primeiros meses.

O incremento no uso feminino do ChatGPT demonstra que a plataforma se solidificou não apenas como uma solução tecnológica de nicho, mas também como uma ferramenta do dia a dia para milhões de indivíduos. A mudança é considerada uma reviravolta importante, indicando a crescente acessibilidade e utilidade do ChatGPT para diferentes grupos demográficos. Este padrão crescente de adoção entre mulheres sinaliza que as barreiras para o envolvimento com ferramentas de inteligência artificial estão diminuindo.

Atualmente, o ChatGPT possui cerca de 700 milhões de usuários semanais, atingindo aproximadamente 10% da população adulta global. A maioria dessas interações são realizadas por jovens com menos de 26 anos, e países com rendas médias e baixas estão na vanguarda desse crescimento. A pesquisa aponta que existe uma mudança no tipo de uso dos usuários, com mais de 70% das mensagens envolvendo questões da vida pessoal, em vez de interesses profissionais. O ChatGPT está cada vez mais sendo utilizado para fornecer conselhos práticos, ideias criativas e para a busca rápida de informações, desafiando o status quo dos mecanismos de busca tradicionais.

A análise aprofundada sobre mais de 1 milhão de conversas desvendou os principais temas discutidos pelos usuários. Cerca de 80% dos diálogos se concentram em três áreas principais: orientação prática que envolve dicas, explicações e apoio em projetos pessoais; busca por informação, um uso que se assemelha ao de buscadores online convencionais; e redação e edição de textos, principalmente para revisar e melhorar materiais pré-existentes. Interessantemente, apenas um terço dos pedidos está relacionado à criação de conteúdo original, com a maioria dos usuários preferindo utilizar a inteligência artificial para aprimorar seus próprios textos.

A predominância de mulheres entre os usuários do ChatGPT ilustra uma diversificação no público, evidenciando como a inteligência artificial generativa se tornou um recurso acessível e benéfico em diferentes situações cotidianas. Esta tendência aponta que o futuro da tecnologia não será apenas esculturado por programadores ou profissionais de tecnologia da informação, mas também por indivíduos que empregam a ferramenta para aprendizado, criação e conexão em suas vidas diárias.

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