Caixa financia até 80% de imóveis com novas regras do FGTS

A Caixa Econômica Federal anunciou a retomada do financiamento de até 80% do valor de imóveis no Sistema de Amortização Constante (SAC). Essa mudança revigora o limite anterior à redução imposta em novembro de 2024, quando a porcentagem máxima de financiamento havia sido reduzida para 70% devido à limitação de crédito do banco.
O comunicado foi feito pelo presidente da Caixa, Carlos Vieira, durante o lançamento de um novo modelo de crédito imobiliário do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em São Paulo. Este novo programa visa liberar integralmente os depósitos obrigatórios da poupança, o que deve facilitar o acesso da classe média à aquisição da casa própria.
Carlos Vieira explicou que a volta à cota de 80% foi possibilitada por mudanças nas regras de utilização dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da poupança. Ele mencionou que essa nova estrutura de crédito pode ajudar a destravar o financiamento de imóveis e impulsionar o setor da construção civil.
O ministro das Cidades, Jader Filho, complementou que o novo modelo permitirá a contratação de 80 mil novas unidades habitacionais até o final de 2026, injetando aproximadamente R$ 20 bilhões em novos financiamentos imobiliários de forma imediata.
Além disso, o pacote de medidas inclui um aumento no teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que permite o uso do FGTS na compra de imóveis. O valor máximo, que estava congelado em R$ 1,5 milhão desde 2018, agora sobe para R$ 2,25 milhões.
Carlos Vieira destacou que essa elevação do teto, que contou com o apoio do Ministério da Fazenda, da Câmara dos Deputados e do Banco Central, juntamente com a flexibilização dos recursos da poupança, deve reforçar a confiança do setor e promover um aumento no crédito imobiliário.
A Caixa Econômica Federal, que é responsável por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais no Brasil, será a principal instituição a implementar o novo modelo. Este sistema passará por um período de testes até o final de 2026, com a expectativa de que sua operação total ocorra em 2027, caso se mostre eficaz em ampliar a oferta de crédito e reduzir os custos.



