China pode vetar filmes de Hollywood e tarifas no agronegócio

Dois influentes blogueiros chineses divulgaram um conjunto de medidas que as autoridades do país estão considerando para retaliar às recentes ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. As sugestões incluem tarifas sobre produtos agrícolas americanos e uma proibição de filmes de Hollywood. As informações foram compartilhadas nas redes sociais na terça-feira, 8 de abril, por Liu Hong, editor sênior do site oficial Xinhuanet.

As medidas propostas por fontes não identificadas são as seguintes:

• Suspender a cooperação com os EUA em questões relacionadas ao fentanil;
• Aumentar significativamente as tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja e sorgo;
• Proibir a importação de aves dos EUA;
• Impor restrições aos serviços americanos na China;
• Reduzir ou proibir a importação de filmes dos EUA;
• Investigar os benefícios de propriedade intelectual de empresas americanas que operam na China.

Uma das contas que compartilhou as medidas, chamada Niutanqin, é administrada por Liu, que está na Xinhua desde 1998. Liu postou as informações logo após a China prometer “lutar até o fim” em resposta às ameaças tarifárias de Trump. Essa declaração foi também replicada por Ren Yi, conhecido como Chairman Rabbit, neto do ex-chefe do partido de Guangdong.

O hang Seng China Enterprises Index teve um avanço reduzido para menos de 1% durante a retomada das negociações. No entanto, o índice terminou a sessão da manhã com alta de 2,3%, após registrar um aumento de até 3,7% mais cedo. Ações de produtores de terras raras, cineastas e empresas agrícolas na China e em Hong Kong ampliaram os ganhos à tarde.

Em um contexto mais amplo, a China se comprometeu a retaliar após Trump prometer impostos adicionais de 50% sobre as importações chinesas, caso o país não suspenda sua retaliação em resposta às tarifas “recíprocas” programadas para entrar em vigor no próximo dia 9. As autoridades chinesas manifestaram determinação em apoiar os mercados.

Além disso, o banco central chinês relaxou seu controle sobre o yuan para tornar suas exportações mais atrativas. Um grupo de fundos vinculados ao governo, conhecido como equipe nacional, adquiriu ativos para fortalecer a economia do país.