As bolsas americanas inverteram sua trajetória de alta nesta terça-feira, 8 de outubro, enquanto o Ibovespa registrou uma queda significativa após o anúncio da Casa Branca sobre a imposição de tarifas de 104% sobre produtos importados da China, a partir de quarta-feira, 9 de outubro. A decisão foi tomada devido à negativa de Pequim em suspender suas tarifas retaliatórias sobre mercadorias norte-americanas dentro do prazo estabelecido pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
À tarde, o índice S&P 500 eliminou todos os ganhos acumulados durante o dia e registrou uma perda de 0,1%. O Nasdaq Composite recuou 0,3%, enquanto o Dow Jones Industrial Average apresentou uma leve alta de 142 pontos, equivalente a 0,7%. Os principais índices deixaram para trás o rali inicial, que havia visto o Dow subir até 3,8% e tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq avançarem mais de 4% cada. Em contraste, o Ibovespa caiu 0,96%, fechando aos 124.380 pontos, após ter alcançado uma alta de 1,64%, a 127.651 pontos, mais cedo.
O sentimento otimista que predominou na manhã estava relacionado a expectativas de que os EUA poderiam entrar em negociações para a redução das tarifas com seus principais parceiros comerciais. O presidente Trump compartilhou no Truth Social que teve uma “ótima ligação” com o presidente interino da Coreia do Sul.
Scott Bessent, secretário do Tesouro, informou à CNBC que aproximadamente 70 países se mostraram interessados em negociações tarifárias com os EUA. Segundo ele, “se eles vierem à mesa com propostas sólidas, acho que podemos chegar a bons acordos”, embora tenha reconhecido que algumas tarifas possam permanecer.
Apesar das conversas favoráveis, não há sinais de que um acordo possa ser finalizado antes do prazo estabelecido por Trump, que expira logo após a meia-noite, quando as tarifas máximas entrarão em vigor, além do imposto básico de 10% que já foi implementado no último sábado.
A reversão das bolsas marca o quarto dia de forte volatilidade nos mercados, que têm enfrentado perdas consideráveis.