Dívida pública federal cresce 2,59% em agosto, diz Tesouro

A dívida pública federal do Brasil aumentou 2,59% em agosto em comparação a julho, alcançando o total de R$8,145 trilhões. A informação foi divulgada pelo Tesouro Nacional, que também atualizou suas previsões para o estoque total da dívida até o final de 2025, citando uma maior procura por títulos públicos federais.
No mês de agosto, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) totalizou R$7,845 trilhões, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) ficou em R$300,23 bilhões. De acordo com os dados do Tesouro, ao final de agosto, 20,95% da dívida era composta por títulos prefixados, 26,10% por títulos vinculados a índices de preços, 49,29% por papéis atrelados à Selic e 3,67% por papéis cambiais.
O crescimento da dívida em agosto ocorreu devido a uma emissão líquida de R$136,64 bilhões e a apropriação positiva de juros, que somou R$69,33 bilhões.
Além disso, a reserva de liquidez da dívida pública, que funciona como um “colchão” para garantir o pagamento de compromissos, aumentou 14,78% em termos nominais em agosto, atingindo R$1,134 trilhão. Esse valor é suficiente para cobrir pagamentos nos próximos 7,78 meses. Se comparado a agosto de 2024, a reserva de liquidez teve um aumento de 23,73%.
O Tesouro também fez ajustes em seu Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. A previsão de estoque da dívida pública federal para o final de 2025 foi alterada, agora variando entre R$8,500 trilhões a R$8,800 trilhões. Anteriormente, a estimativa era entre R$8,100 trilhões a R$8,500 trilhões.
A mudança nos valores se deve a uma queda nas taxas futuras nos segmentos intermediário e longo da curva de juros, além de um ambiente de menor volatilidade em comparação ao último trimestre de 2024. O Tesouro Nacional identificou, assim, uma oportunidade para aumentar o volume de emissões a partir do início do ano.
A estratégia de emissão foi implementada de forma a atender a demanda do mercado, sem causar pressões significativas nos preços. A meta para o prazo médio da dívida em 2025 permanece entre 3,8 e 4,2 anos. O Tesouro também reafirmou as metas atuais para a composição dos diferentes títulos na dívida, que incluem de 19% a 23% para títulos prefixados, de 24% a 28% para papéis indexados a índices de preços, de 48% a 52% para títulos vinculados à Selic e de 3% a 7% para títulos cambiais.