JPMorgan aponta possibilidade de redução de tarifas dos EUA ao Brasil

O JPMorgan, um dos principais bancos do mundo, acredita que a recente aproximação entre os líderes do Brasil e dos Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, pode levar a uma redução nas tarifas comerciais que os EUA impuseram ao Brasil. Em um relatório divulgado na última segunda-feira, o banco observou que o encontro entre os dois presidentes na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, é um indicativo de que as relações entre os dois países podem melhorar.
Atualmente, as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil são uma das mais elevadas entre os seus parceiros comerciais. Essas tarifas, aplicadas em setembro, foram justificadas pelo governo dos EUA por questões políticas e comerciais, incluindo a situação legal do ex-presidente Jair Bolsonaro e uma investigação relacionada à Seção 301 da lei de comércio americana.
No documento, a equipe do JPMorgan afirmou que o breve encontro na ONU é um sinal de que pode haver uma estabilização nas relações bilaterais. Essa reaproximação pode criar oportunidades para a redução de algumas tarifas aplicadas ao Brasil.
Além disso, o relatório destacou que, apesar das atuais sanções, o governo dos Estados Unidos tem utilizado diversas ferramentas geoeconômicas na América Latina. Isso inclui desde barreiras comerciais até o fornecimento de apoio financeiro, como a linha de swap de 20 bilhões de dólares anunciada para a Argentina.
Com relação ao Brasil, as expectativas agora se concentram em uma reunião mais formal entre Lula e Trump, que pode acontecer em outubro durante encontros multilaterais na Itália ou na Malásia. Essa nova reunião pode ser crucial para o desenvolvimento futuro das relações comerciais entre os dois países.