Nesta segunda-feira, 7 de outubro, Muricy Ramalho, ídolo e coordenador técnico do São Paulo, compartilhou detalhes sobre sua rotina no clube e a dinâmica com o treinador Luis Zubeldía. Em entrevista ao programa “Galvão e Amigos”, da Band, Muricy destacou a boa relação que mantém com Zubeldía, enfatizando que não interfere nas decisões de escalação do time.
“Estou há quatro anos nessa função e já passei por diferentes treinadores sem problemas. Meu papel é atuar como um elo entre a diretoria e a comissão técnica. Deixei claro que a responsabilidade de escalar o time é do técnico. No meu contrato, há uma cláusula estabelecendo que qualquer um pode ser treinador, exceto eu”, afirmou o coordenador, sublinhando a importância dessa delimitação para a boa convivência.
Muricy, tricampeão brasileiro com o São Paulo, volta à tona sempre que há instabilidade na comissão técnica, enquanto Zubeldía enfrenta desafios em sua gestão diante de um time em busca de melhores resultados.
No último domingo, o técnico argentino foi expulso por reclamar de decisões da arbitragem durante uma partida. Segundo Muricy, ele tem conversado frequentemente com Zubeldía para ajudá-lo a controlar a tensão. “Eu o convidei para conversar porque ele estava nervoso. Ele vive intensamente o jogo e não aceita certos erros de arbitragem, mas é fundamental que ele saiba que os árbitros precisam entrar em campo sem preconceitos”, comentou Muricy.
Zubeldía demonstrou descontentamento com a arbitragem de Ramon Abatti Abel, especialmente após uma falta dura que resultou em cartão para o zagueiro Lyanco, que, segundo ele, deveria ter sido expulso. Em coletiva de imprensa, o técnico expressou sua posição: “Se tiverem que me expulsar 20 vezes, não me importo. O que importa é defender minha equipe”, disse.
O treinador recebeu apoio de torcedores, incluindo Baby, líder da torcida organizada Independente, que afirmou ser impossível não reconhecer a entrega de Zubeldía: “Como não respeitar esse cara? Ele vibra, faz pressão dentro de campo e não tem medo de mostrar sua insatisfação, mesmo diante de expulsões”, destacou nas redes sociais.
A situação atual do São Paulo é ainda mais complexa, já que a dívida do clube gira em torno de R$ 900 milhões, conforme relatado por um dirigente nos últimos dias.