Rodrigo Garro Passa por Tratamento e Fica Fora Indefinidamente
O jogador Rodrigo Garro, do Corinthians, irá interromper suas atividades por tempo indeterminado para tratar uma lesão no joelho direito. Apesar de ter participado da final contra o Palmeiras, na qual sua equipe se sagrou campeã, o atleta continua a sofrer com dores na região afetada.
Quadrante Clínico da Lesão
De acordo com a Dra. Ana Paula Simões, ex-médica da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, a lesão de Garro é classificada como uma tendinopatia patelar, resultante de uma sobrecarga no tendão do joelho. Essa condição é comum em atletas, especialmente em razão das mudanças rápidas de direção durante os jogos.
A Dra. Simões explica que a lesão ocorre devido a microtraumas repetitivos que superam a capacidade de regeneração do tendão, levando a um processo degenerativo. A condição pode agravar-se caso o jogador continue em atividade, potencializando o risco de lesões mais severas.
“A tendinopatia patelar é uma lesão de aspecto crônico, com possibilidade de recorrência, mesmo após a recuperação”, afirmou a especialista.
Tratamento Recomendado
Para o tratamento de Garro, a especialista sugere um gerenciamento rigoroso da carga de treinos, além de exercícios focados na regeneração dos tendões. A reabilitação deve ocorrer de maneira gradual para evitar complicações futuras.
Recentemente, após um jogo contra o Santos, Garro confessou que estava atuando com dor. Segundo a Dra. Simões, essa prática pode gerar danos adicionais ao atleta. “Jogar com dor pode descompensar estruturas saudáveis e aumentar o risco de lesões mais graves”, alertou.
Tempo de Recuperação Incerto
A Dra. Ana Paula não consegue estimar um prazo específico para a plena recuperação de Rodrigo Garro, enfatizando que a lesão tem natureza de esforço. Caso haja nova sobrecarga no joelho, é provável que o jogador volte a sentir dores.
“O tempo de recuperação pode variar de 6 a 8 semanas, mas, em casos mais complicados, pode levar de 3 a 6 meses”, explicou. A adesão do atleta ao tratamento, assim como fatores como alimentação e genética, são cruciais para o sucesso da reabilitação.
“Não existe cura definitiva para a tendinopatia, mas um manejo adequado e fortalecimento podem minimizar as recidivas”, destacou a Dra. Ana Paula Simões.
Recomendações para Prevenção
A Dra. Simões enfatiza a importância de controlar a carga de treinos e seguir uma reabilitação específica e intensiva para fortalecer o tendão. Aconselha que fisioterapia regular e o uso de técnicas apropriadas são essenciais para a recuperação e prevenção de novas lesões.