Na quarta-feira, 9 de outubro, Jared Isaacman, indicado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para liderar a Nasa, apresentará aos senadores uma visão ambiciosa para a agência. Em seu depoimento, ele reafirmará a prioridade de enviar astronautas americanos a Marte, destacando, ainda, que a maioria dos programas espaciais norte-americanos enfrenta problemas de orçamento e atrasos significativos.
Isaacman enfatizará que “priorizaremos o envio de astronautas americanos a Marte”. Ele também mencionará que esse esforço proporcionará a oportunidade de retornar à Lua, permitindo a avaliação dos benefícios científicos, econômicos e de segurança nacional gerados por uma presença no satélite.
O empresário, de 42 anos, classificou como “desanimadores” os atrasos e os custos excessivos dos programas da Nasa, o que poderá aprofundar o debate sobre o futuro das iniciativas espaciais norte-americanas.
Além disso, em sua declaração para o Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado, Isaacman argumentou que a entrega de humanos à Lua antes que a China faça o mesmo é uma prioridade nacional. Essa afirmação busca dissipar preocupações sobre um possível desvio do foco da Nasa em relação ao projeto lunar, uma vez que os objetivos de Trump e do CEO da SpaceX, Elon Musk, têm se concentrado cada vez mais em Marte.
O programa lunar Artemis foi estabelecido durante o primeiro mandato de Trump, com o objetivo de acelerar o retorno dos Estados Unidos à Lua. Ele funcionaria como um campo de testes para missões ainda mais distantes, como uma eventual viagem a Marte. Contudo, o depoimento de Isaacman levanta questões sobre como a nova priorização de Marte poderá impactar os planos lunares da agência ou se representará uma reorientação da estratégia da Nasa.
A audiência de confirmação de Isaacman no Senado será uma oportunidade crucial para discutir sua posição sobre o futuro da exploração espacial americana. A Nasa já comprometeu bilhões de dólares para seu programa lunar, que envolve parcerias com aliados e várias empresas privadas, como a SpaceX, que buscam expandir suas operações no mercado lunar.
No entanto, é importante destacar que, durante seu segundo mandato, Trump tem focado publicamente em Marte. Isso, aliado ao investimento de 250 milhões de dólares de Musk em apoio à campanha de Trump, sugere que a Lua poderia ser vista como um desvio dos principais objetivos da exploração espacial.