Um documento interno do Departamento de Estado dos EUA, obtido pela CNN, revela que a administração Trump está considerando o fechamento de até 30 embaixadas e consulados estrangeiros. Essa medida faz parte de uma proposta de reformulação significativa da presença diplomática americana no exterior.
Entre as recomendações contidas no documento, destaca-se a redução das missões na Somália e no Iraque, locais que desempenham um papel crucial nos esforços de combate ao terrorismo. O governo, influenciado pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que conta com o apoio de Elon Musk, busca implementar cortes drásticos no tamanho das operações federais.
Apesar das recomendações, a aprovação do Secretário de Estado, Marco Rubio, sobre os fechamentos propostos ainda é incerta. O documento sugere o fechamento de 10 embaixadas e 17 consulados, muitos localizados na Europa, África, Ásia e Caribe, incluindo países como Malta, Luxemburgo, Lesoto, República do Congo, República Centro-Africana e Sudão do Sul. Além disso, cinco consulados na França e dois na Alemanha estão na lista de possíveis fechamentos.
As funções das embaixadas sugeridas para fechamento seriam transferidas para postos avançados em países vizinhos. Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado, não comentou especificamente sobre o conteúdo do documento, mas sugeriu que novos detalhes seriam divulgados pela Casa Branca em relação ao plano orçamentário. Segundo Bruce, “as informações tendem a ser reportagens prematuras ou equivocadas, baseadas em documentos vazados”.
Até o momento, o governo já sinalizou a intenção de fechar embaixadas em Malta e Luxemburgo. A CNN relatou também em março sobre o movimento do Departamento de Estado para o encerramento de alguns dos consulados mencionados.
Embaixadas e consulados desempenham papéis fundamentais para o Departamento de Estado, oferecendo serviços como processamento de vistos e assistência a cidadãos americanos em situações de emergência. Além disso, esses postos são vitais para a coleta de informações que são reportadas a Washington, D.C., servindo como ferramentas importantes na diplomacia. A maioria dos consulados conta com uma equipe reduzida.
O documento, que representa a recomendação do subsecretário de administração do Departamento de Estado, avalia as missões baseando-se em vários critérios, incluindo feedback de escritórios regionais, carga de trabalho consular, custo de operações e classificações de segurança.
A proposta de “redimensionamento” inclui a possibilidade de consolidar o suporte consular em unidades maiores, utilizando como modelo as missões nos Japão e no Canadá. Além disso, sugere a criação de “postos de trabalho leve” e uma “liderança dupla” em locais com múltiplas missões, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a UNESCO em Paris.