A China pode estar se preparando para responder às novas medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos, segundo Larissa Wachholz, especialista em assuntos asiáticos do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e sócia da Vallya Participações. De acordo com Wachholz, o governo chinês teve tempo para se preparar, uma vez que as ameaças de tarifas foram antecipadas durante a campanha presidencial americana.
“Eles possuem diversos instrumentos de retaliação. Alguns analistas afirmam que, atualmente, têm mais oportunidades e nichos para retaliar do que anteriormente”, destacou a especialista.
Possíveis Medidas de Retaliação da China
Wachholz apontou que as respostas que a China pode adotar incluem tanto medidas tarifárias quanto restrições à exportação de produtos estratégicos para os Estados Unidos, como terras raras. Além disso, ela mencionou a possibilidade de barreiras não tarifárias, como restrições sanitárias a produtos agropecuários.
“Considerando a atual capacidade de exportação dos Estados Unidos para a China, é provável que as retaliações ocorram não apenas em termos de tarifas, mas também através de barreiras não tarifárias”, explicou Wachholz.
A análise indica que a China está em uma posição favorável para responder às imposições americanas, utilizando uma variedade de instrumentos econômicos e comerciais. Essa dinâmica sugere uma potencial escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, o que pode ter impactos significativos em nível global.