Um juiz federal negou, na quinta-feira (10), um pedido de grupos de defesa de imigrantes para suspender os novos requisitos de registro de imigração implementados pelo governo de Donald Trump. A decisão ocorre dias antes da nova política entrar em vigor e abrange medidas que incluem a ampliação da coleta de impressões digitais e o registro obrigatório para estrangeiros.
O juiz Trevor McFadden decidiu que os demandantes não conseguiram provar que as novas regras prejudicam os imigrantes de maneira a justificar a intervenção judicial. Em seu parecer, McFadden, designado por Trump, destacou que os danos alegados pelas organizações são em grande parte especulativos e que não demonstraram como a nova norma comprometeria suas missões principais.
A ação judicial foi movida por entidades como a Coalition for Humane Immigrant Rights Los Angeles, CASA, Make the Road New York e United Farm Workers, que contestam a regra que exige que estrangeiros com 14 anos ou mais se registrem junto ao governo, submetam dados biométricos e forneçam comprovantes de registro, sob ameaça de penalidades criminais.
Anunciada em 12 de março, a norma provisória ignora consultas públicas e retoma práticas de registro não vistas desde a Segunda Guerra Mundial. Os opositores argumentam que a medida viola a Lei de Procedimento Administrativo, cria confusão e representa uma ameaça às liberdades civis. Além disso, levantam preocupações sobre discriminação racial e riscos legais para imigrantes, além de possíveis interrupções nos serviços de assistência jurídica.