As bolsas europeias apresentaram uma queda significativa nesta sexta-feira, 11 de outubro, revertendo os ganhos registrados na abertura do pregão. O movimento foi impulsionado por uma nova retaliação da China às tarifas impostas pelos EUA.
Às 6h35 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 apresentava uma queda de 1,15%, marcando 481,68 pontos. A desaceleração nos mercados ocorreu após o anúncio da China sobre o aumento de suas tarifas retaliatórias sobre importações norte-americanas, que passaram de 84% para 125%. Apesar disso, o governo chinês indicou que não pretende aumentar suas tarifas em resposta a novos aumentos por parte dos EUA, argumentando que isso não seria economicamente viável.
Na quinta-feira, 10 de outubro, a Casa Branca esclareceu que a tarifa cumulativa dos EUA sobre produtos chineses é de 145%, diferindo da informação divulgada pelo presidente Donald Trump, que havia se referido a uma tarifa de 125%. Ele também anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas para a maioria dos países, excluindo a China.
Antes desse último desenvolvimento na guerra comercial entre EUA e China, os mercados europeus vinham experimentando uma alta, beneficiados pela decisão conjunta dos EUA e da União Europeia de suspender tarifas para facilitar um acordo comercial.
Em termos de indicadores econômicos, o Reino Unido registrou um aumento na produção industrial em fevereiro, superando as expectativas. Em contrapartida, a Alemanha confirmou uma leve desaceleração na taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) em março, que passou para 2,2%.
No cenário das bolsas:
- A Bolsa de Londres caiu 0,09%
- A Bolsa de Paris registrou uma queda de 0,86%
- A Bolsa de Frankfurt cedeu 1,43%
- As bolsas de Milão e Madri apresentaram perdas de 1,46% e 0,70%, respectivamente
- Lisboa, por outro lado, avançou 1,41%.
Esta oscilação nos mercados destaca a fragilidade das reações econômicas a desenvolvimentos geopolíticos e comerciais, refletindo a contínua tensão entre as duas maiores economias do mundo.