O empresário Jorge Paulo Lemann avalia que ainda é prematuro determinar a duração e o impacto das incertezas relacionadas ao tarifaço nos Estados Unidos. Durante a 11ª edição da Brazil Conference, realizada em Harvard, Lemann enfatizou sua confiança no potencial do país, apesar das circunstâncias da guerra comercial ainda serem indefinidas.
“Não dá para saber quais serão os resultados. Podemos enfrentar desdobramentos positivos, mas também consequências disruptivas”, afirmou Lemann. Ele refletiu sobre o atual cenário político e econômico dos EUA, mencionando sua crença em inovação e na capacidade de provocar mudanças significativas. Apesar disso, ele admitiu estar incomodado com o nível de agitação do momento. “Acho que as coisas estão um pouco agitadas demais para o meu gosto”, completou.
O empresário ressaltou que o enfoque agora deve ser o de “esperar para ver”. Apesar das incertezas, ele permanece otimista em relação aos Estados Unidos e à filosofia empreendedora que permeia o país.
Brad Jacobs, executivo que participou do painel com Lemann, também discutiu a situação. Ele compartilhou a visão do colega, considerando que é difícil prever o desdobramento da guerra comercial, que pode resultar em consequências tanto positivas quanto negativas. Jacobs ainda destacou a volatilidade atual dos mercados, ressaltando sua perspectiva cautelosamente otimista. “Para aqueles que sabem como navegar na volatilidade, o momento pode ser promissor, mas para os que não têm essa experiência, é uma fase desafiadora”, disse o CEO da QXO, empresa americana no setor de distribuição de materiais de construção.