Nesta sexta-feira, 11 de outubro de 2023, a China anunciou uma nova retaliação tarifária, aumentando as tarifas sobre produtos dos Estados Unidos para 125%. O Ministério das Finanças chinês emitiu um comunicado ressaltando um tom firme, afirmando que, mesmo com o aumento das tarifas por parte dos EUA, essa estratégia “deixará de fazer sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”.
Essa declaração reflete a crescente tensão na disputa comercial entre as duas principais economias do mundo. O governo chinês indicou que os atuais níveis de tarifas tornaram impraticável a presença de produtos americanos no mercado chinês. Segundo a pasta, “com as tarifas no nível atual, não há mais mercado para bens dos EUA importados pela China”.
O comunicado ainda alertou que, caso Washington continue a aumentar as tarifas, Pequim “vai ignorar” essas medidas, sinalizando que não há espaço para uma escalada sob os mesmos termos. No entanto, o Ministério do Comércio reafirmou a disposição para negociações, desde que ocorram “com base em respeito mútuo e igualdade de condições”.
Essa declaração surge na sequência do governo Trump ter elevado as tarifas sobre produtos chineses, que agora são de uma taxa mínima efetiva de 145%, considerando tributos gerais e específicos. Essa resposta da China, a terceira em um intervalo de duas semanas, intensifica as tensões e diminui a possibilidade de um acordo próximo.
Durante o mesmo dia, o presidente chinês Xi Jinping comentou publicamente sobre a questão pela primeira vez desde o início dos conflitos tarifários. Em encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, Xi afirmou que “não há vencedores em uma guerra tarifária” e alertou que “quem vai contra o mundo corre o risco de ficar isolado”.