O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de realizar esforços sistemáticos para recrutar soldados na China para o conflito em seu país. As declarações foram feitas nesta quinta-feira, 10 de outubro, após as forças ucranianas capturarem dois combatentes chineses que lutavam ao lado de Moscou.
A China respondeu a Zelensky, advertindo sobre comentários "irresponsáveis". O líder ucraniano informou que a inteligência local revelou que ao menos 155 cidadãos chineses estão lutando ao lado da Rússia. Em sua postagem na rede social X, Zelensky afirmou que esses casos não são isolados, mas refletem uma estratégia da Rússia para recrutar civis chineses para a guerra.
“Estamos investigando todas as circunstâncias envolvendo cidadãos chineses nas forças de ocupação russas”, declarou Zelensky, ressaltando que a Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) realiza ações necessárias com os prisioneiros de guerra recentemente capturados na região de Donetsk. Zelensky também enfatizou que "tudo o que for necessário deve ser feito para garantir que a Rússia não tenha oportunidades semelhantes para prolongar e expandir a guerra".
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, refutou as alegações ucranianas, caracterizando a postura da China como "equilibrada". Por sua vez, a China, que mantém uma parceria "sem limites" com a Rússia, busca se afirmar como um mediador nas discussões para o término do conflito. Não está claro se Pequim teve um papel ativo na invasão em grande escala da Ucrânia em 2022, mas o país se absteve de criticar publicamente o Kremlin.