Pequim, capital da China, enfrenta uma situação crítica devido a ventos fortes, comparados a tufões por seus habitantes. As rajadas, que começaram na sexta-feira (11), têm causado o fechamento de pontos turísticos e a interrupção de voos, com previsões de que persistam ao longo do fim de semana. As velocidades podem chegar a 150 km/h, conforme noticiado pela agência de notícias oficial Xinhua.
A intensidade dos ventos, originados de um vórtice frio da Mongólia, provocou uma queda abrupta nas temperaturas e resultou em nevascas na Mongólia Interior, além de granizo no sul da China. Em resposta à situação, Pequim emitiu seu segundo alerta máximo de vendaval em uma década, recomendando que aproximadamente 22 milhões de cidadãos evitem deslocamentos desnecessários, já que os ventos podem quebrar recordes estabelecidos em 1951.
Embora alguns moradores tenham reportado um clima tenso, muitos conseguiram se locomover sob as condições adversas. Durante a tarde de sábado (12), os ventos derrubaram cerca de 703 árvores na cidade, e 693 voos foram cancelados nos dois aeroportos internacionais de Pequim, os quais são o Aeroporto Capital e o Aeroporto Daxing. Adicionalmente, uma maratona que apresentaria robôs humanoides competindo com humanos foi adiada para domingo (13).
Estragos significativos foram registrados, com carros e calçadas danificados pela queda das árvores. A situação gerou discussões intensas nas redes sociais, onde muitos usuários expressaram preocupação com a dificuldade enfrentada por entregadores de alimentos em meio a essas condições climáticas severas. Um internauta no Weibo comentou: “Em um clima como esse, podemos escolher não pedir entrega; é muito difícil para eles”.
Além das fortes rajadas de vento, tempestades de areia estão afetando o tráfego em oito províncias, abrangendo áreas da Mongólia Interior até a região do Rio Yangtze. A previsão é de que essas tempestades atinjam também Xangai entre a tarde de sábado e a manhã de domingo.
Eventos climáticos extremos, como esses ventos fortes e tempestades de areia, têm se tornado mais frequentes na primavera, possivelmente exacerbados pelas mudanças climáticas.
