O presidente da empresa de ônibus UpBus, Ubiratan Antonio da Cunha, foi preso novamente na noite desta terça-feira, 7 de novembro de 2023, em São Paulo. Ele é investigado por ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e enfrenta processos por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Ubiratan se entregou ao 50º Distrito Policial, localizado no Itaim Paulista, por volta das 23h50, acompanhado de seu advogado. Esta nova prisão foi autorizada após o Ministério Público obter uma decisão judicial que revogou a prisão domiciliar anteriormente concedida.
Esta é a terceira detenção do empresário em menos de um ano, com as prisões anteriores ocorrendo em julho e dezembro de 2024, devido ao descumprimento de medidas cautelares, incluindo o afastamento de suas funções na empresa.
Atualmente, Ubiratan permanece detido e deverá passar por uma audiência de custódia nas próximas horas, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
### Operação Fim da Linha
A recente prisão integra os desdobramentos da Operação Fim da Linha, realizada pelo Ministério Público de São Paulo desde abril de 2024. As investigações apontam que as empresas UpBus e Transwolff, que operam nas zonas sul e leste da capital paulista, estariam sendo utilizadas para a lavagem de dinheiro proveniente de atividades como tráfico de drogas e roubos, todos relacionados ao PCC.
Na fase inicial da operação, seis pessoas foram detidas, e a Justiça determinou o bloqueio de R$ 600 milhões. Foram apreendidos diversos bens, incluindo um helicóptero, lanchas, veículos e motos aquáticas. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 52 mandados de busca e apreensão.
As empresas UpBus e Transwolff, que transportam cerca de 700 mil passageiros diariamente, receberam mais de R$ 800 milhões da Prefeitura de São Paulo apenas em 2023. Durante o andamento das investigações, ambas estavam sob intervenção do município, que decidiu romper os contratos com elas em janeiro de 2025.