Roberto Campos: Um Legado na Economia Brasileira
Roberto Campos (1917-2001) foi um influente economista, diplomata, político e escritor brasileiro, reconhecido como Ministro do Planejamento e membro da Academia Brasileira de Letras.
Infância e Formação
Nascido em Cuiabá, Mato Grosso, em 17 de abril de 1917, Roberto de Oliveira Campos era filho do professor Waldomiro de Oliveira Campos e da costureira Honorina de Oliveira Campos. Após perder o pai aos cinco anos, ele mudou-se para Minas Gerais.
Educação e Carreira Diplomática
Roberto Campos completou seus estudos em Filosofia em 1934 e em Teologia em 1937 nos seminários católicos de Guaxupé e Belo Horizonte. Em 1939, foi aprovado no concurso para o Itamarati e, em 1942, tornou-se cônsul na embaixada do Brasil em Washington. Ele também cursou mestrado em Economia na Universidade George Washington.
Em 1944, participou da Conferência de Bretton Woods como secretário da delegação brasileira, que resultou na criação do FMI e do Banco Mundial. Posteriormente, fez pós-graduação na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Entre 1961 e 1964, atuou como embaixador em Washington e, durante o governo do General Ernesto Geisel, foi nomeado embaixador em Londres.
Vida Pública e Contribuições
Em 1942, durante o segundo mandato de Getúlio Vargas, Roberto Campos foi nomeado presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), que ajudou a fundar. No governo de Juscelino Kubitschek, destacou-se no Conselho de Desenvolvimento, que supervisionava o Plano de Metas.
Durante o regime militar, ele deixou a embaixada para assumir o Ministério do Planejamento sob o presidente Castelo Branco, onde permaneceu até 1967. Como defensor do liberalismo econômico, Campos foi um dos principais arquitetos das políticas econômicas da época.
Carreira Política
Filiado ao Partido Democrático Social, em 1982, Roberto Campos foi eleito senador por Mato Grosso e, em 1990, deputado federal pelo Rio de Janeiro, sendo reeleito em 1994 pelo Partido Progressista Reformador. Em 1999, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Falecimento e Legado
Roberto Campos faleceu no Rio de Janeiro em 9 de outubro de 2001. Em 1 de janeiro de 2019, seu legado continuou com a nomeação de Roberto Campos Neto como Presidente do Banco Central do Brasil, no governo de Jair Bolsonaro.
Obras Publicadas
- Ensaio de História Econômica e Sociologia (1963)
- Economia Planejamento e Nacionalismo (1963)
- Reflections on Latin American Development (1967)
- Na Virada do Milênio (1998)