Biografia de Mary Shelley

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Mary Shelley

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Mary Shelley: A Mãe da Ficção Científica

Mary Shelley (1797-1851) foi uma escritora inglesa, amplamente reconhecida como a autora do icônico romance Frankenstein, considerado a primeira obra de ficção científica da literatura mundial.

Vida e Formação

Mary Wollstonecraft Godwin nasceu em Somers Town, Londres, no dia 30 de agosto de 1797. Filha do filósofo e escritor político William Godwin e da feminista Mary Wollstonecraft, autora de A Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792), Mary ficou órfã de mãe logo após seu nascimento. Seu pai assumiu a responsabilidade de cuidar dela e de sua meia-irmã, Fanny.

Em 1801, William Godwin casou-se novamente, desta vez com Mary Jane Clairmont, que já tinha dois filhos. A relação de Mary com sua madrasta não era boa, mas ela encontrou conforto na vasta biblioteca de seu pai, onde passava horas lendo.

Um Amor Proibido

Aos 17 anos, Mary conheceu o renomado poeta romântico Percy Bysshe Shelley. Apesar de ele ser casado, o casal se apaixonou e fugiu juntos em junho de 1814, levando consigo Jane, a meia-irmã de Mary. Juntos, viajaram pela Europa e, em 1815, Mary deu à luz uma filha que infelizmente não sobreviveu.

Em 1816, após a morte misteriosa da esposa de Percy, ele e Mary se casaram. Essa fase da vida dela foi marcada por tragédias e perdas.

Criação de Frankenstein

Na mesma época, enquanto passavam férias em Genebra, Mary, Percy, Lord Byron e John Polidori, famoso por suas histórias de vampiros, decidiram escrever suas próprias narrativas de terror. Foi assim que, aos 19 anos, Mary começou a desenvolver a história que se tornaria Frankenstein, ou O Prometeu Moderno. Após retornar à Inglaterra, ela completou sua obra.

Capa do livro Frankenstein, de Mary Shelley. — Capa da primeira edição de ‘Frankenstein’, considerada a primeira obra de ficção científica.

A História de Frankenstein

O romance conta a história do jovem cientista Victor Frankenstein, que cria uma criatura horrenda em seu laboratório. Contudo, ao se deparar com a rejeição humana, o monstro inicia uma série de eventos trágicos. A primeira edição da obra foi publicada anonimamente em 1818, recebendo críticas mistas, mas conquistando o coração do público.

Adaptações e Legado

A história de Frankenstein ganhou notoriedade no cinema em 1931, com a direção de James Whale e a atuação memorável de Boris Karloff. Em 1994, Kenneth Branagh também trouxe a obra às telas, estrelando Robert De Niro como a criatura.

A influência de Shelley se estende a muitas adaptações e paródias modernas, mantendo sua relevância na cultura popular.

Tragédias e Últimos Anos

Mary enfrentou muitas tragédias pessoais, incluindo a morte de dois de seus filhos e a perda de seu marido, que se afogou em 1822. Viúva aos 24 anos, ela continuou a escrever, sustentando a si mesma e ao filho Percy, o único a sobreviver até a vida adulta.

Mary Shelley faleceu em 1º de fevereiro de 1851, em Chester Square, Londres, devido a um tumor cerebral, e foi sepultada na Igreja de São Pedro em Bournemouth.