Biografia de Maria da Penha

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Maria da Penha

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Maria da Penha: Uma Luta pela Justiça e Direitos das Mulheres

Maria da Penha Maia Fernandes, nascida em Fortaleza, Ceará, em 1º de fevereiro de 1945, é uma notável ativista pelos direitos das mulheres e sobrevivente da violência doméstica. Sua trajetória de vida é marcada por desafios e conquistas, culminando na criação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), sancionada em agosto de 2006, um marco na luta contra a violência de gênero no Brasil.

Maria da Penha aos 20 anos, em uma fase inicial de sua vida.
Maria da Penha em seus 20 anos, antes de enfrentar a violência doméstica.

Após ser brutalmente agredida pelo marido, que culminou em sua paraplegia, Maria da Penha transformou sua dor em força, dedicando-se a combater a impunidade e promover a justiça para mulheres vítimas de violência. A lei que leva seu nome não apenas aborda a violência física, mas também abrange a violência psicológica e outras formas de agressão.

Formação Acadêmica

Maria da Penha teve uma educação sólida, formando-se em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará em 1966 e concluindo seu mestrado em Parasitologia na Universidade de São Paulo em 1977.

Casamento e Violência

Em 1974, Maria da Penha conheceu Marco Antonio Heredia Viveros, com quem se casou em 1976. A relação, inicialmente promissora, tornou-se um pesadelo com o início das agressões. Em 1983, ela sobreviveu a duas tentativas de feminicídio, resultando em lesões que a deixaram paraplégica.

Maria da Penha durante um evento, simbolizando sua luta contra a violência doméstica.
Maria da Penha continua ativa em sua luta pelos direitos das mulheres.

Após longos anos de luta judicial, em 1991, seu agressor foi condenado a 15 anos de prisão, mas acabou solto por manobras legais. Mesmo enfrentando essa frustração, Maria da Penha publicou seu livro Sobrevivi… Posso Contar em 1994, compartilhando sua história e a busca por justiça.

Repercussão Internacional

O caso de Maria da Penha ganhou destaque internacional em 1998, quando foi levado ao conhecimento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, resultando na condenação do Brasil por omissão frente à violência doméstica. Esta pressão culminou na criação da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, que estabelece medidas rigorosas contra agressores.

Maria da Penha apresentando seu livro 'Sobrevivi... Posso Contar'.
Maria da Penha com seu livro que narra sua história de sobrevivência.

Além de sua atuação como ativista, Maria da Penha fundou o Instituto Maria da Penha em 2009, dedicando-se à prevenção da violência contra a mulher e à promoção de ações sociais que visam melhorar a qualidade de vida das mulheres no Brasil.

Em reconhecimento ao seu trabalho, Maria da Penha foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 2017, consolidando sua posição como uma voz influente na luta pelos direitos das mulheres.

Para conhecer mais sobre a inspiradora trajetória de Maria da Penha, assista à entrevista abaixo:

STJ Cidadão #256 – A vida de Maria da Penha

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