Juan Domingo Perón: O Estadista Argentino
Juan Domingo Perón (1895-1974) foi um influente político e militar argentino, que ocupou a presidência da Argentina em três ocasiões. Sua segunda esposa, Eva Perón, conhecida como Evita, tornou-se um ícone cultural e político, adorada por muitos.
Início da Vida e Formação
Perón nasceu em Lobos, na província de Buenos Aires, no dia 8 de outubro de 1895. Sua infância foi passada na Patagônia. Com apenas 16 anos, ingressou na escola militar, onde teve sua primeira experiência com assessores militares alemães.
Em 1924, Perón alcançou o posto de capitão. Em 1930, envolveu-se no movimento que depôs o presidente Hipólito Yrigoyen.
Carreira Militar e Política Inicial
Após diversos cargos, incluindo adido militar no Chile e na Itália, Perón entrou em contato com o regime fascista de Mussolini, do qual se tornaria admirador. Em 1943, foi parte do Grupo de Oficiais Unidos que depôs o presidente Ramón Castillo, promovendo uma agenda simpatizante do Eixo.
Ascensão ao Poder
Em 1944, Perón destacou-se como o secretário do Trabalho e Previdência, organizando trabalhadores e fundando a Confederação Geral do Trabalho. Em 1945, acumulou os cargos de Vice-presidente e Ministro da Guerra, mas enfrentou resistência da elite conservadora.
Após ser preso em outubro de 1945, Perón foi libertado por uma massiva mobilização popular, liderada por sindicalistas e por Eva Duarte, sua futura esposa.

Presidência e Justicialismo
Eleito presidente em 1946, Perón implementou o justicialismo, que promovia o bem-estar social e a intervenção estatal na economia. Nacionalizou ferrovias e criou o Partido Peronista, consolidando seu poder.
Em 1949, promoveu uma reforma constitucional que lhe permitiu reeleição e suprimiu a liberdade de imprensa, instaurando um regime que, apesar de autoritário, contava com o apoio popular.
Evita Perón
Eva, conhecida como Evita, desempenhou um papel crucial na política argentina, fundando instituições de caridade e lutando pelos direitos das mulheres. Ela se tornou uma figura adorada pelos ‘descamisados’. Sua morte em 1952 causou grande comoção nacional.

Golpe Militar e Exílio
Reeleito em 1951, Perón enfrentou crescente descontentamento devido à crise econômica. Em 1955, um golpe militar o forçou ao exílio, onde continuou a influenciar a política argentina até retornar em 1973.
Retorno e Últimos Anos
Após um período de instabilidade política, Perón foi reeleito em 1973. No entanto, seu governo enfrentou violência política e descontentamento social. Juan Domingo Perón faleceu em Buenos Aires em 1 de julho de 1974, deixando um legado controverso na história argentina.