Biografia de Dias Gomes

dias-gomes-l
[dados_biograficos]

Dias Gomes

[ocupacao]

Dias Gomes: O Mestre da Dramaturgia Brasileira

Dias Gomes (1922-1999) foi um renomado dramaturgo e novelista brasileiro, reconhecido por obras que marcaram a televisão, como “O Bem Amado”, “Roque Santeiro” e “Saramandaia”. Sua peça icônica, “O Pagador de Promessas”, escrita nos anos 60, ganhou adaptações tanto para o cinema quanto para a TV.

Início da Vida e Carreira

Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador, Bahia, no dia 19 de outubro de 1922. Sua carreira começou cedo, com a escrita de sua primeira peça teatral, “Comédia dos Moralistas”, aos 15 anos. Esta obra foi premiada no Concurso do Serviço Nacional de Teatro em 1939, embora nunca tenha sido encenada.

Em 1942, sua peça “Pé de Cabra” foi encenada, mas censurada pelo regime do Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas, por seu conteúdo considerado marxista. Com a censura aos seus textos, Dias Gomes voltou-se para as radionovelas na década de 1950, mas, com a chegada da ditadura militar em 1964, essa atividade foi interrompida.

Reconhecimento e Sucessos

Embora sempre tenha se considerado um dramaturgo, sua habilidade em criar diálogos para personagens populares o levou a conquistar espaço no cinema e na televisão. Obras como “O Pagador de Promessas” e “O Bem Amado” foram adaptadas para esses meios, com “O Pagador de Promessas” recebendo a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1962.

O texto de “O Bem Amado” fez sua estreia na TV Tupi em um especial em 1966, enquanto a peça teatral só chegou aos palcos em 1968. Sua estreia como novelista ocorreu em 1969, com “A Ponte dos Suspiros”, influenciada por sua esposa, Janete Clair.

Desafios e Legado

Durante as décadas de 1970 e 1980, Dias Gomes enfrentou a censura, mas também colecionou sucessos com novelas como “Bandeira 2” (1971-1972), “O Bem Amado” (1973), “O Espigão” (1974), “Saramandaia” (1976) e “Roque Santeiro” (1985). Sua série de comédia, “Carga Pesada”, e a série dramática “Decadência” também se destacaram.

No final de sua carreira, Dias Gomes optou por textos mais curtos, afirmando que “Uma novela é o caminho mais curto para um enfarte”. Em 1991, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n. 21.

Dias Gomes faleceu em São Paulo, em um trágico acidente automobilístico, no dia 18 de maio de 1999.

Botão Voltar ao topo