O Ministério Público do Acre está exigindo esclarecimentos da Secretaria de Estado de Saúde sobre uma situação grave envolvendo um recém-nascido. Na noite de sexta-feira, 24 de setembro, o bebê foi declarado morto após um parto normal na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. Ele nasceu com apenas 24 semanas de gestação, considerado um caso de prematuridade extrema.
A Maternidade informou que seguiu todos os procedimentos necessários para a reanimação, mas afirmou que não havia sinais vitais e, portanto, o óbito foi comunicado à família. A situação, no entanto, mudou drasticamente. Pouco antes do sepultamento, a família percebeu que o bebê estava vivo, cerca de 12 horas após a declaração de morte.
Imediatamente, o recém-nascido foi levado de volta à maternidade, onde atualmente se encontra em estado grave, recebendo cuidados intensivos. O boletim médico divulgado neste domingo, 26 de setembro, informou que ele está clinicamente estável, intubado e sujeito a ventilação mecânica. A equipe médica reportou uma melhora na respiração e estabilidade nos sinais vitais, conforme avaliado pela neonatologista responsável, Maria do Socorro Avelino.
Em resposta ao incidente, a Secretaria de Saúde instaurou uma investigação interna para apurar os acontecimentos. O governador do Acre, Gladson Cameli, também determinou o afastamento imediato da equipe médica envolvida na constatação do óbito e prometeu uma investigação aprofundada. Ele garantiu que a família e a população receberão respostas.
A reportagem tentou contato com os pais do bebê, que são do município de Pauiní, no interior do Amazonas, mas não obteve sucesso. O Ministério Público, através da 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, enviou um ofício à Secretaria de Estado de Saúde e à Maternidade solicitando informações sobre o caso. A promotoria está comprometida em esclarecer todos os detalhes e responsabilizar os envolvidos, se necessário.
A diretora da Maternidade Bárbara Heliodora, Simone Prado, expressou solidariedade à família e reafirmou o compromisso da unidade com a ética e a segurança no atendimento, colocando-se à disposição das autoridades para assegurar a transparência nas investigações.
