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Corte no preço da gasolina pode reduzir inflação em 2025

A Petrobras anunciou uma redução no preço da gasolina, o que pode contribuir para a diminuição da inflação nos próximos meses. Economistas acreditam que essa queda pode levar o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) a ficar abaixo do teto da meta, que é de 4,5%, ao final de 2025, alcançando 4,4%. Essa queda na inflação é importante, pois a gasolina tem um peso significativo no cálculo do IPCA, correspondente a 5%.

Segundo economistas da Fundação Getúlio Vargas, a expectativa é que a redução nos preços da gasolina impacte o IPCA em 0,11 ponto percentual após 30 dias. Essa queda pode ser dividida ao longo dos meses, com uma diminuição de aproximadamente 0,04 ponto percentual em outubro e de até 0,07 ponto percentual em novembro. É importante destacar que, em anos anteriores, a gasolina já foi um dos fatores que impulsionaram a inflação, por isso a redução é vista como um fator positivo nesta nova projeção.

Além disso, a inflação esperada pelos analistas para novembro foi revista de 0,18% para 0,10%, o que reforça a expectativa de um cenário mais favorável. A economista Andréa Angelo, especialista em inflação, afirmou que as previsões para o final de 2025 também foram ajustadas, projetando uma inflação de 4,4%, que ficaria dentro da meta estipulada, que é de 3,5%, com uma margem de 1,5 ponto percentual.

Essa tendência de queda na inflação pode evitar que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tenha que elaborar um relatório explicando o excesso da inflação, algo que seria necessário se o índice ultrapassasse os 4,5% por seis meses consecutivos. O último relatório desse tipo foi redigido em julho deste ano e, caso a inflação não supere os limites estabelecidos, o Banco Central poderá se manter no caminho da meta.

As expectativas sobre a inflação estão sendo revistas também em relação a outros fatores, como a energia elétrica, que deve passar a ter bandeira verde e não apresentar altas significativas até o fim do ano. Os preços dos alimentos também devem permanecer sob controle, mesmo que haja uma leve alta.

Embora alguns analistas considerem a possibilidade de novos cortes no preço da gasolina, isso dependerá de fatores externos, como a cotação do petróleo e a valorização do câmbio. Economistas, como Andréa, acreditam que um novo corte seria difícil sem uma queda considerável no preço internacional do petróleo.

Em relação aos juros, alguns economistas já discutem a chance de cortes este ano, mas a expectativa mais consolidada é que isso ocorra apenas na primeira reunião do Comitê de Política Monetária em 2026. A inflação projetada para 2026 ainda é superior à de 2025, com um esperado IPCA de 4,6%.

Assim, enquanto algumas previsões se mostram otimistas, outras mantêm uma visão mais cautelosa. Por exemplo, uma equipe de macroeconomia do ASA revisou suas estimativas de inflação de 4,7% para 4,5%, enquanto analistas do Terra Investimentos projetam um IPCA de 4,96% para o fim do ano, indicando que ainda há incertezas sobre as metas de inflação.

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