Economia

BC sinaliza possibilidade de novo aumento da Selic, afirma diretor

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton José David, declarou nesta quinta-feira que a instituição está preparada para aumentar a taxa Selic novamente, se necessário. No entanto, ele reafirmou a intenção de manter a taxa básica em 15% por um período mais longo.

Durante um evento da Câmara Espanhola em São Paulo, David destacou que o atual ciclo de política monetária é diferente dos anteriores, devido ao nível de incerteza que é “bastante maior”. Ele explicou que, em um cenário incerto, a política monetária deve ser mais restritiva do que em outros momentos. David ressaltou que, caso surjam mudanças no cenário econômico, o Banco Central não hesitará em ajustar a taxa, seja para subir ou para outros ajustes necessários.

Além disso, ele revelou que a decisão de interromper os aumentos da Selic exige um período mais extenso de estabilidade na taxa, com o objetivo de trazer a inflação para dentro da meta estabelecida. A meta contínua de inflação do Banco Central é de 3%, com uma margem de tolerância que permite variações de até 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Na mesma manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial de inflação, registrou uma alta de 0,48% em setembro. Esse resultado ficou abaixo da taxa de 0,52% prevista por economistas. Ao longo dos últimos 12 meses até setembro, a inflação acumulou 5,17%, um pouco abaixo da projeção de 5,22% que era esperada.

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