Política

Banco Mundial projeta crescimento do Brasil de 2,4% em 2025

A economia brasileira deve crescer 2,4% em 2023, superando a média de 2,3% da América Latina e do Caribe. Essa previsão foi divulgada pelo Banco Mundial em um relatório lançado recentemente.

Os economistas da instituição projetam ainda um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos anos. Em 2025, a expectativa é de uma expansão de 2,4%, seguida por 2,2% em 2026 e 2,3% em 2027. Essas estimativas se mantêm inalteradas em relação ao relatório de junho deste ano. Vale destacar que essas projeções estão acima das estimativas do Banco Central do Brasil e do mercado financeiro nacional.

No último dia 25, o Relatório de Política Monetária do Banco Central indicou que o crescimento deve ser de 2% em 2025, enquanto a pesquisa Boletim Focus, divulgada em 6 de outubro, apontou uma previsão de aumento de 2,16% em 2025 e 1,8% em 2026. Para comparação, no ano passado, a economia brasileira cresceu 3,4%.

O Ministério da Fazenda tem expectativas ainda mais otimistas. Segundo o Boletim MacroFiscal de setembro, a previsão é de um crescimento de 2,3% em 2025 e 2,4% em 2026.

O relatório do Banco Mundial, embora não forneça justificativas específicas para as projeções de todos os países, menciona que a economia da América Latina e do Caribe tem um crescimento previsto de 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026. Estes números também se mantêm semelhantes aos divulgados em junho, enquanto a economia da região cresceu 2,2% no ano anterior.

Entre os países da América Latina e do Caribe, a Guiana se destaca com um crescimento projetado de 11,8% este ano, com expansões superiores a 20% nos próximos anos, decorrentes de sua exploração acelerada do setor de petróleo. Este crescimento é impulsionado pela intensa atividade nesta área, especialmente na Margem Equatorial, que é de interesse da Petrobras.

A seguir, está a Argentina, que deve ter um crescimento de 4,6% em 2025 e 4% em 2026. Apesar das expectativas positivas, essas cifras representam uma redução em comparação com o relatório anterior, que previa 5,5% em 2025 e 4,5% em 2026.

No entanto, a Bolívia apresenta uma situação preocupante, com previsões de três anos consecutivos de retração econômica. O PIB da Bolívia deve encolher 0,5% este ano, seguido de cortes de 1,1% em 2026 e 1,5% em 2027.

O Banco Mundial observa que a América Latina e o Caribe enfrentam um crescimento mais lento em comparação com outras regiões do mundo, e cita fatores internos e externos para essa situação. No cenário externo, a desaceleração da economia global e a queda dos preços de commodities impactam significativamente países que dependem de exportações, como Brasil, Chile, Venezuela e Bolívia.

Internamente, os economistas apontam para a política monetária, que busca controlar a inflação, como um fator que pode atrapalhar o crescimento econômico. Além disso, mencionam a baixa taxa de investimentos, tanto públicos quanto privados, e a limitada capacidade fiscal dos governos para impulsionar a economia.

Diante destes desafios, o Banco Mundial enfatiza a necessidade de reformas estruturais em áreas como infraestrutura, educação e política tributária para fomentar o crescimento. Sugere também a importância de aprimorar a qualidade da educação, fortalecer a conexão entre universidades e o setor privado, e facilitar o acesso aos mercados de capitais para impulsionar a inovação e o empreendedorismo na região.

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