Um bar localizado na Mooca, em São Paulo, foi interditado na terça-feira, 30 de setembro, em uma operação conjunta da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária. Durante a ação, as autoridades apreenderam garrafas de bebidas alcoólicas que serão submetidas a análises pela Polícia Científica para verificar a possível presença de metanol, uma substância altamente tóxica.
O proprietário do estabelecimento, identificado como José Rodrigues, foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Ele negou qualquer irregularidade em sua atividade comercial, ressaltando que não tinha conhecimento sobre a qualidade das bebidas que estava vendendo. Em suas declarações, Rodrigues mencionou que as bebidas vendidas no bar foram adquiridas de um vendedor informal e sem nota fiscal. Ele admitiu essa compra, afirmando que “bebida quente é difícil comprar” e que optava por fornecedores conhecidos do comércio informal.
A interdição do bar foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde. A Vigilância Sanitária alertou que o estabelecimento poderá enfrentar um processo administrativo, que pode resultar em multas e até em penalidades mais severas. Além disso, a Polícia Civil está investigando se as bebidas comercializadas possuem qualquer relação com casos recentes de intoxicações que resultaram em mortes em São Paulo.
Diante da situação, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) emitiu uma recomendação urgente para todos os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas em São Paulo e regiões adjacentes. A recomendação se aplica a uma ampla gama de negócios, como bares, restaurantes, casas noturnas, hotéis, organizadores de eventos, além de supermercados e plataformas de entrega.
No comunicado, o MJSP orientou os comerciantes a ficarem atentos a produtos com lacres danificados, erros evidentes nas embalagens e preços que parecem anormalmente baixos. O ministério também alertou que sintomas como visão turva, dor de cabeça e náusea devem ser considerados sinais de possíveis bebidas adulteradas.
