A Prio, empresa brasileira do setor de petróleo, está avaliando pedir uma compensação pela perda de produção em um campo offshore, devido a uma paralisação não planejada. Essa situação ocorreu em um campo da empresa que estava em processo de aquisição da Equinor, uma empresa norueguesa.
A produção foi suspensa pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) por questões de segurança. O campo em questão está localizado na costa do Rio de Janeiro e a interrupção se deu em 15 de agosto. Desde então, a produção, que chegava a mais de 90.000 barris por dia, permanece paralisada. O último registro indica que a operação ainda não havia sido retomada até 23 de setembro.
Atualmente, a Prio possui 40% do campo Peregrino, que tem sido sua principal fonte de produção. Em maio deste ano, a empresa firmou um contrato para comprar os 60% restantes da Equinor por US$ 3,5 bilhões, com planos de assumir o controle das operações em breve. Apesar dos questionamentos, a Prio afirma que ainda não tomou uma decisão sobre solicitar a compensação.
Além disso, a Equinor não comentou oficialmente sobre a possibilidade de compensação, mas afirmou que está trabalhando para retomar a produção de forma segura. No entanto, a ANP já havia solicitado a interrupção da produção due a problemas de segurança identificados.
Recentemente, a agência reguladora brasileira intensificou a fiscalização em operações de petróleo offshore. Em 2024, a ANP já havia registrado um número recorde de 150 ações de fiscalização, resultando em 33 paralisações totais ou parciais. Em fevereiro, a Equinor teve um problema relacionado a uma bomba que causou uma explosão a bordo de uma sonda em outro campo que estava operando.
O campo de Peregrino é estratégico para a Prio, principalmente após a aquisição dos 40% anteriormente controlados pelo grupo chinês Sinochem. Este ativo representava a maior produção da Equinor fora da Noruega, mas a empresa decidiu vender seu interesse como parte de uma estratégia para simplificar suas operações. A expectativa da Equinor é iniciar a produção em um outro campo maior, chamado Bacalhau, ainda neste ano.
