A Comissão Europeia planeja cortar quase pela metade as cotas de importação de aço e aumentar as taxas sobre volumes que excederem esses limites para 50%. Essa proposta, segundo fontes próximas ao assunto, segue o modelo de tarifas já adotado pelos Estados Unidos e Canadá.
Essas mudanças estão incluídas em um novo pacote para o setor siderúrgico, que será apresentado oficialmente no dia 7 de outubro. Stephane Sejourne, vice-presidente executivo da Comissão Europeia responsável pela estratégia industrial, já compartilhou essas informações com associações do setor na quarta-feira.
Atualmente, as salvaguardas para a importação de aço na União Europeia têm validade até 30 de junho de 2024. O objetivo das novas medidas é controlar o excesso de produção, especialmente o que vem da China, onde as fábricas contam com subsídios do governo.
Recentemente, desde 1º de abril, a UE já havia reduzido em 15% as cotas de importação de aço. Além disso, a Comissão está analisando o mercado para possíveis salvaguardas também para o alumínio e considerando a imposição de taxas sobre a exportação de sucata metálica.
O tema do aço se tornou central no início deste ano, após o aumento das tarifas de importação de aço e alumínio para 50% pelo governo dos Estados Unidos. Após um acordo comercial com os EUA em julho, a UE anunciou que atuaria conjuntamente com Washington em uma “aliança de metais” para proteger as produções de ambos os lados contra a competição chinesa. Contudo, vale lembrar que as siderúrgicas europeias ainda estão sujeitas a uma tarifa de exportação de 50% para o mercado americano.
Recentemente, o comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, se encontrou na Ásia com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, para reativar as discussões sobre o tema. Segundo informações anteriores, as novas salvaguardas devem servir como ponto de partida para diálogos mais detalhados com os Estados Unidos.
