Keyonte George, jogador do Utah Jazz, está tendo o melhor início de temporada da sua carreira com apenas 11 jogos disputados. Diversos fatores estão contribuindo para esse desempenho, incluindo sua atitude, sua abordagem ao jogo e um maior foco em defesa. Entretanto, uma mudança significativa e visível tem se destacado: o aumento das tentativas de lances livres.
Neste início de temporada, George tem conseguido chegar à linha de lance livre quase duas vezes mais do que nas temporadas anteriores. Um aspecto importante dessa melhoria é que ele deixou de lado a prática de “fazer falta” para conseguir lances livres, uma tática comum entre muitos jogadores, especialmente os mais jovens.
Normalmente, os jogadores tendem a buscar o contato com os defensores, esperando que os árbitros marquem uma falta, o que pode levá-los a fazer mais pontos a partir da linha de lance livre. Porém, o treinador do Jazz, Will Hardy, buscou orientar George para que ele jogasse de forma mais direta, aproveitando suas habilidades ao invés de depender de faltas.
Hardy comentou que George está indo à linha de lance livre mais frequentemente porque está jogando de forma mais assertiva. Ele enfatizou que, nos últimos anos, a direção que um jogador leva dentro de quadra influencia as decisões dos árbitros. Caso um defensor desvie o jogador de sua trajetória, isso é considerado uma falta.
Além disso, George trabalhou para melhorar sua condição física durante o verão, focando em condicionamento e fortalecimento. Com mais resistência e força, ele consegue lidar melhor com a intensidade das jogadas. A orientação de Hardy também inclui ajudar George a perceber quando ele está buscando a falta ao invés de avançar para a cesta de maneira decidida.
George mencionou que, muitas vezes, ele estava se desviando em direção aos defensores com a intenção de conseguir uma falta. Ele citou o conselho do treinador: “não deixe nas mãos dos árbitros”. Aqui fica evidente que se um jogador se concentra em marcar pontos, suas chances de sucesso aumentam.
A evolução no jogo de George é clara. Sua porcentagem de finalizações na cesta aumentou de 62,7% na última temporada para 75% nesta campanha. Ele explicou que está mais focado em fazer pontos e que essa mudança de atitude tem trazido resultados positivos.
Os números mostram que suas tentativas de lances livres subiram para 7,8 por jogo, comparado a 4,3 na temporada anterior e 3,0 em seu ano de estreia. Com esse desempenho, George também está ganhando a confiança dos árbitros. O comportamento de um jogador influencia a forma como os juízes o veem. Se um jogador frequentemente tenta enganar, ele pode perder credibilidade e as faltas legítimas podem não ser marcadas a seu favor.
George reconhece que, ao não dramatizar e jogar de forma honesta, ele consegue criar uma relação melhor com os árbitros e, por consequência, ser melhor atendido em jogadas duvidosas. Seu objetivo agora é continuar jogando dessa forma e evitar voltar a velhos hábitos.
Embora George ainda busque faltas de vez em quando, os dados mostram que ele já colhe os frutos desse novo estilo de jogo, lembrando-se sempre de que a prioridade é a pontuação.
